Após termos descoberto um pouco mais sobre a vitamina B1 na semana passada, hoje vamos falar sobre a vitamina B2 que também faz parte das vitaminas do complexo B. Ela também é conhecida como riboflavina. É de fácil absorção e não é armazenada pelo organismo (além de não ser sintetizada por ele), devendo ser reposta regularmente através da dieta ou pelo consumo de suplementos. Ela é obtida a partir de vegetais folhosos (couve, brócolis, espinafre, repolho, agrião, entre outros) ovos, carne, semente de girassol, ervilha, e em maior quantidade, da soja, do leite e de frutos do mar. Determinados alimentos são enriquecidos com a riboflavina, como é o caso de pães e cereais.
No organismo dos seres humanos, auxilia no metabolismo das gorduras, açúcares e proteínas, sendo importante para a saúde dos olhos, pele, boca e cabelos. Ela é essencial para a produção de dois co-fatores enzimáticos necessários para o funcionamento de diversas enzimas que atuam nas vias metabólicas do organismo.
Esta vitamina é usada como corante alimentar recebendo a denominação de E101 ou E101a (forma fosfatada). Ela é excretada pela urina, sendo que sua baixa ingestão pode resultar facilmente em uma deficiência. Esta, quando ocorre, causa lesões na mucosa da boca, rachaduras nos cantos dos lábios (queilose), gengivite com epistaxe, língua de coloração roxa, ardência dos olhos, pele seca, depressão, catarata, letargia e histeria. Além desses sintomas, relaciona-se também com doenças crônicas, como diabetes, doenças inflamatórias do intestino e infecções pelo vírus HIV. Esta avitaminose também está relacionada com a síndrome oral-ocular-genital, do qual os sintomas clássicos são: estomatite angular, fotofobia e dermatite escrotal.
A intoxicação pela vitamina B2 é muito rara, pois quando são ingeridas altas doses, o risco de o intestino absorvê-la de forma significativa, é muito pequeno. A administração de doses tóxicas por injeção existe, porém normalmente o excesso é excretado junto com a urina.
Leite materno:
Diversas vitaminas do complexo B, incluindo a riboflavina, estão incluídas no denominado grupo I de nutrientes durante a lactação. Isto significa que os níveis absorvidos pela mãe refletem-se nos níveis detectados no leite materno. Em mulheres saudáveis e bem nutridas, a média de riboflavina encontrada no leite materno é de 0,35 mg/L, o que cobre apenas entre 40 e 60% do consumo requerido por recém-nascidos e bebés até dois anos de idade. Por esta razão, é recomendada por alguns autores a fortificação da alimentação com suplementos vitamínicos, de modo a suprir eventuais carências. Nos Estados Unidos, não existem limites superiores estabelecidos para a quantidade de riboflavina a ser consumida nesta faixa etária.
Existem medicamentos que são antagonistas à esta vitamina, como é o caso da ouabaína, a teofilina, a penicilina, o ácido bórico, probenecide, a clorpromacina, as fenotiazinas, os barbitúricos, a estreptomicina e pílulas anticoncepcionais. No entanto, existem substâncias sinérgicas à riboflavina, como é o caso dos hormônios tiroxina e triodotiroxina e, medicamentos que aumentem a retenção urinária (como por exemplo, anticolinérgicos).
Fonte:
http://www.infoescola.com/bioquimica/vitamina-b2/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Riboflavina
