Sinopse de Seara Vermelha
Seara vermelha (1946) narra a luta dos sertanejos do Nordeste contra a fome e pela dignidade humana. Na primeira parte, o romance descreve a penosa retirada rumo ao sul de uma família de lavradores pobres, expulsos da roça pelo novo latifundiário da região. Na caminhada pela caatinga, comandados pelo patriarca Jerônimo, uns morrem de fome, outros de doença; a irmã de Jerônimo junta-se aos seguidores de um profeta do apocalipse, o jovem Agostinho e sua prima ficam numa fazenda para trabalhar e casar, outra se prostitui. Na segunda metade do livro, conta-se a história dos três filhos de Jerônimo que saíram de casa antes do grande êxodo: Jão vira soldado de polícia, José se torna o temido cangaceiro Zé Trevoada, e Juvêncio engaja-se na luta revolucionária. A ação se desloca do sertão nordestino aos confins da selva amazônica, do Mato Grosso ao Rio de Janeiro e São Paulo. Acontecimentos cruciais da história do país, como a Revolução Constitucionalista de 32, o Levante Comunista de 35, o cangaço e as revoltas místicas são retratados de modo vivo e pulsante.
O livro Seara Vermelha de Jorge Amado
Seara Vermelha aborda a história triste de uma família sonhadora. Sonha com coisas simples como um teto onde morar e comida para comer, ou seja, as coisas que todo mundo sonha. Ao sair do sertão da Bahia após ter a fazenda em que vivia e trabalhava ser vendida. A família fica sem emprego e sem abrigo. Resolvem então procurar um novo rumo e decidem tentar a vida em São Paulo iludidos com as histórias que já tinham ouvida falar: a terra das oportunidades onde todos que vinham ganhavam terras e ficavam ricos. A jornada rumo ao novo sonho e longa e penosa. Fome, sede, cansaço, doenças e morte. A família acaba se desfazendo aos poucos em busca de um sonho que mais parece pesadelo. E cada um tem seu destino totalmente modificado nessa viagem.
Fica Técnica:
Livro: Seara Vermelha
Autor: Jorge Amado
Ano de Lançamento: 1946
Total de Páginas: 411
Editora: Círculo do Livro
Sobre Jorge Amado
Jorge Leal Amado de Faria (Itabuna, 10 de agosto de 1912 — Salvador, 6 de agosto de 2001) foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos. Integrou os quadros da intelectualidade comunista brasileira desde o final da primeira metade do século XX - ideologia presente em várias obras, como a retratação dos moradores do trapiche baiano em Capitães da Areia, de 1937.
Jorge é o autor mais adaptado do cinema, do teatro e da televisão. Verdadeiros sucessos como Dona Flor e Seus Dois Maridos, Tenda dos Milagres, Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Tereza Batista Cansada de Guerra foram criações suas. A obra literária de Jorge Amado – 49 livros, ao todo – também já foi tema de escolas de samba por todo o País. Seus livros foram traduzidos em 80 países, em 49 idiomas, bem como em braille e em fitas gravadas para cegos.
Jorge foi superado, em número de vendas, apenas por Paulo Coelho. Mas em seu estilo - o romance ficcional -, não há paralelo no Brasil. Em 1994, a sua obra foi reconhecida com o Prêmio Camões.
Jorge Amado foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 6 de abril de 1961, ocupando a cadeira 23, cujo patrono é José de Alencar e que pertencia anteriormente a Otávio Mangabeira. De sua experiência acadêmica bem como para retratar os casos dos imortais da ABL, publicou Farda, fardão, camisola de dormir numa alusão clara ao formalismo da entidade e à senilidade de seus membros da época.
Biografia: Fonte Wikipedia